quinta-feira, 21 de maio de 2015

Sem palavras



O que é que isto diz sobre a sociedade ocidental do sec. XXI?


O primeiro canal para cães tem estreia marcada para sábado.

O objetivo da DogTV é simples, entreter os cães que ficam sozinhos em casa enquanto os donos se ausentam para trabalhar.

O canal transmite durante 24 horas por dia, em alta definição, uma programação desenvolvida cientificamente por especialistas em comportamento animal, com conteúdos adaptados especificamente para a visão e audição do cão e segmentados em momentos de relaxamento, estímulo e reforço de comportamento positivo.

Criada com a missão de melhorar a qualidade de vida daqueles que são considerados os melhores amigos do Homem, assistir à DogTV promete reduzir fadiga mental, o stress e ansiedade dos canídeos, causados pelas prolongadas horas de solidão, tornando-os mais confiantes e felizes.

A partir de 23 de maio o canal dedicado ao melhor amigo do homem estará disponível apenas por subscrição a cinco euros por mês.


Nesse sábado terá também lugar a festa de lançamento do canal, dedicada a todas as raças de cães nos jardins do Palácio Marquês de Pombal em Oeiras, entre as 10h00 e as 18h00, com entrada livre.

De http://filmspot.pt/artigo/dogtv-em-sinal-aberto-de-18-a-23-de-maio-6887/

quinta-feira, 7 de maio de 2015

O nosso espaço urbano

Acho que vale a pena copiar este belo texto de http://asminhasbicicletas.blogspot.pt/2015/05/observando-urbe.html?m=1
Infelizmente esta avenida é apenas uma entre muitas que de avenidas têm pouco, de via rápida,  muito. E não falo da segunda circular,  que essa tem direito a ser via rápida. 
Sao as avenidas da Liberdade,  República,  Estrada da Luz, centro de Cascais, etc, etc.  Os exemplos não têm fim.

" Observando a urbe

Tenho andado com uma maleita no pé direito e como tal na passada segunda e ontem terça vim na minha scooter ao invês de vir de bicicleta.

Ao final do dia, já à vinda para casa e depois de uma paragem rápida para fazer umas compras de última hora na Avenida António Augusto Aguiar em Lisboa, eis que a minha companheira decide que não quer ligar... a bateria morreu!

Bom, eu pago seguro para alguma coisa pelo que telefonei para o número da seguradora para ativar a assistência em viagem. Correu tudo bem, o normal, mandaram vir o reboque e um taxi para me levar a casa. Como era final do dia disseram-me que ia demorar uns 30m, estive à espera 1 hora (entre as 19h e pouco até às 20h e tal).

Sentado a ver a urbe a palpitar, eis o que posso aferir por simples observação...

A Avenida António Augusto Aguiar é, parcialmente, uma autêntica auto-estrada.

O trânsito motorizado automóvel e de duas rodas flui a velocidades elevadas para uma artéria dentro da cidade - bem mais de 50kms/h.

Muitas pessoas vão a conduzir ao telemóvel, e num momento vi quatro carros seguidos com os condutores a mexer no telemóvel (navegar no facebook? instagram? sms's?).
Vi um senhor a ler o jornal e a conduzir, I kid you not.

A grande maioria dos carros leva apenas o condutor.
Da grande maioria de carros só com o condutor a maioria são senhoras, verdade!
Dos carros que levam casais tipicamente é o homem que conduz.
Dos carros que levam crianças tipicamente é uma senhora que os conduz.
Passaram poucos carros com a lotação cheia.

Em 1 hora passou um Porshe e um Lamborghini (acho que era) que tinham umas grandes bufadeiras a largar barulho - mas não existe lei do ruído?

Passaram imensas motinhas, scooters e motões, alguns a fazer muito barulho - mas não existe lei do ruído?

Em uma hora passaram uns 3 ou 4 autocarros de transportes públicos, e um deles era basculante e nem metade da ocupação levava. Passaram vários autocarros turísticos.

Sentado onde estava via os peões a caminhar cabisbaixos nos passeios pois a calçada portuguesa é traiçoeira e existem imensos obstáculos (postes, caixotes do lixo, etc).

O passeio é ridiculamente pequeno comparado com as 8 faixas de alcatrão mais uma faixa de estacionamento para os automóveis. As motas também não tem muito estacionamento legal pelo que pontilhava uma ou outra em cima do passeio.

Os semáforos fazem com que os carros acelerem para queimar os vermelhos, em uma hora ouvi umas 5 vezes travagens a guinchar os pneus. E assim que caí o verde saem num disparo como se fosse o início de uma corrida.
Os peões atravessam nos vermelhos e muitas vezes "atiram-se para a estrada" (dixit Barbosa) a correr onde nem há passadeiras, alguns ao telemóvel e distraídos.

O ar que se respira é pesado, sem grandes áreas verdes, e os níveis de ruído elevado (para conseguir falar ao telemóvel tive de me resguardar na entrada de um prédio).

E o que é que isto tudo tem a ver com bicicletas...hmmm?

Que no meio desta babilónia urbana fiquei deveras surpreendido por ter visto passar umas duas dezenas de bicicletas nesta artéria agressiva.
Verdade verdadeira! Mais vinte bicicletes!!
Três delas passaram em cima do passeio (ainda lhes "rosnei").
Quase todas era malta vestidinha do dia de trabalho a ir para casa ou para outros afazeres... Impressionante!
A arriscarem a vida naquela "auto-estrada" com os automóveis em pura condução agressiva e excesso de velocidade...
Mas lá está, tudo homens dos 20 aos 50 anos.

Se calhar isto corria melhor se houvessem mais infraestruturas, redução de vias de trânsito motorizado, diminuição do limite de velocidade, mais fiscalização.

Existe a vontade, o povo quer, mas quem manda e decide tem de criar as condições..."

terça-feira, 5 de maio de 2015

Sou rico

Se o meu patrão quiser dar-me um aumento de 100€, terá que gastar 122, para pagar a TSU.
Como sou rico, depois do IRS fico com uns 52€. Mas ainda falta descontar a TSU.
Por isso, dos 100€ iniciais, levo para casa cerca de 42.
Qual o incentivo a trabalhar mais para ganhar mais? O meu objectivo é trabalhar menos e ganhar mais tempo.

E se a seguir pegar nos 42€ para comprar umas calças,  o comerciante fica com 34€, depois dos 23% de IVA.
O meu patrão gastou 122€, mas eu só consegui colocar 34€ na economia,  na forma de consumo....

Mobilidade em Cascais




Foram precisos 7 anos de insistências a ritmo variável,  uma proposta de solução que resolvesse um impasse de expropriação, apelo à Provedora e, finalmente ao Presidente.
E sete anos passados, está em curso a obra para resolver este ponto negro entre tantos no concelho.
Este caso, e apesar de haver outros que são bons exemplos, ilustra o tratamento que em Cascais é dado à "mobilidade" não automóvel.