sexta-feira, 30 de julho de 2010

Casa Pia

E prepara-se a cena para mais um golpe de bastidores. Quase, quase no fim, eis que vai tudo para o lixo. Mais uma montanha em risco de parir um rato. Ou abortar.
Não me admira especialmente.

"O Tribunal da Relação está a analisar três recursos que põem em causa a validade dos actos realizados por Rui Teixeira, o juiz do inquérito, no âmbito do processo Casa Pia. De acordo com o jornal Diário de Notícias, o julgamento pode vir a ser anulado."

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Publicidade na Antena 1

E pronto, agora é a vez do Camané ter publicidade intensiva e quase exclusiva na Antena 1....



As dualidades do "sistema"

Ainda sobre a Justiça e o caso Isaltino: é escandaloso que o candidato ao mais humilde cargo da Câmara tenha que apresentar um registo criminal, presumo eu que razoavelmente limpo, enquanto a mais alta figura da Câmara pode exercer o seu cargo depois de ter sido condenada a sete anos de prisão e a perder esse mesmo cargo. Ou mesmo que possa exercê-lo tendo sido a pena comutada para 2 anos, sem perda de mandato, quando os crimes estão precisamente relacionados com o exercício do cargo em causa. Coisas da Justiça dos influentes.

Não há palavras, pois não?

"Foi apenas por falta de tempo que José Sócrates nunca foi inquirido no âmbito do processo Freeport. Os procuradores do Ministério Público que dirigiram o inquérito tinham 27 perguntas para fazer ao primeiro-ministro, mas o prazo imposto para a conclusão das investigações impediu que Sócrates fosse ouvido."

Não conheço a duração total da novela. Mas sei que foi assunto (e que foi arma de campanha) nas duas eleições legislativas recentes, portanto pelo menos uns 5 anos. Mas não houve tempo para ouvir o Primeiro Ministro! É verdadeiramente extraordinário o quanto nos querem fazer (e fazem...) de parvos.




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Ah! Mas o Procurador Geral vai abrir um inquérito ao inquérito!
Como é hábito, passar-se-ão meses ou anos, haverá polémica para todos os gostos e jornais, e no fim as conclusões serão uma afronta à nossa inteligência. Se as chegar a haver.
Enfim.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Cheira a Cascais

No percurso Lisboa-Carcavelos via A5, há 2 cheiros praticamente garantidos: o de uma torrefacção de café algures na zona de Alfragide e o da lixeira de Trajouce na zona de São Domingos de Rana.
Que cheiro intenso e nauseabundo! Nos dias maus chega à Marginal.
Uma verdadeira recepção de boas vindas para os turistas que se dirigem à jóia da Costa do Sol.



sábado, 24 de julho de 2010

Carlos Cruz

Estou a ler na televisão que foi acusado e preso em 2003. Há 7 anos.
Imaginemos que está inocente - realmente inocente, não que vai ser considerado inocente no julgamento.

São 7 anos roubados à vida de uma pessoa. Claro está que alguns destes anos poderão ser assacados às tais manobras dilatórias dos seus próprios advogados.

Mas apesar disto tudo, que raio de complexidade ou mecanismos da justiça podem justificar 7 anos num caso que, pelo menos de fora, não parece complexo? E que, aliás, o passar do tempo só pode obscurecer, ainda mais tratando-se de crianças.


Que grande cancro este que alimentamos, o da justiça.
Qual não será o sentimento de uma pessoa inocente, neste ou noutro caso, com a vida kafkaniamente dependente de tal sistema.

Fujamos de ser envolvidos na justiça...


Lfs diz:


"Só é justiça se for feita a tempo senão deve ser considerado martírio e tortura para qualquer das partes envolvidas. Nisto tudo só os advogados é que devem ficar contentes.

Felizes os que não têm que passar pelo sistema de (in)justiça deste país."



quinta-feira, 22 de julho de 2010

Outro bom rapaz ilibado






A pouco e pouco, regressa a normalidade que bovinamente aceitamos - ou preferimos?

Todos os bons rapazes se vão gradualmente libertando dos incómodos com que a Justiça nacional entendeu por bem importuná-los durante uns anos.

Resta-lhes agora usar do tempo de antena que os media sempre lhes deram e darão, para mostrarem como tinham razão e aproveitarem para dar algumas lições de moral. Terão ainda oportunidade de reflectir numa possível acção contra o Estado pelos transtornos causados, que no entanto não foram tantos que os afastassem dos cargos públicos nos quais alegadamdnte cometeram os crimes por que eram (injustamente, demonstra-se agora) acusados.

E a vida continua.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Gostei desta!

Em http://bicicletanoporto.blogspot.com/2010/07/bicla-volkswagen-nem-por-isso.html:

"É assumido que os senhores condutores não se querem cansar, pois para o ser humano actual qualquer tipo de exercício físico que não seja feito num ginásio (socialmente aceite e de preferência com mensalidade cara), é algo degradante e causador de má imagem."

Em todo o caso, mesmo que não seja no ginásio xpto da moda, misturar desporto e a actividade do dia a dia é que não!
Actividade física é desporto; subir escadas é de elevador e andar 500m é de carro. Nada de misturas.
Como aqueles aristocratas para quem trabalhar, só por desfastio. NUNCA pelo dinheiro.

DM diz:

"E depois até mete dó estar numa qualquer praia e perceber que ser-se magro (não-gordo) é pertencer a uma elite de menos de 10% dos portugueses e que, mais dia menos dia, teremos boa parte do SNS afecto a tratar o rol de problemas que virão naturalmente associados à obesidade, porque já se conhecem tão bem as suas causas...uma delas: falta de exercício regular!"

As despesas derivadas da obesidade são graduais e a longo prazo (leia-se, já não é nesta ou na próxima legislaturas). O ISP e IVA dos combustíveis (cerca de 1€/litro) são receitas de AGORA e JÁ.

Contas fáceis de fazer.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

As intermitências da justiça





Como é que se percebe tão grande alteração da pena de Isaltino Morais?
Será que o primeiro tribunal era incompetente?
Antes o será o segundo?

Ou será que quem investigou e reuniu provas  não sabia o que fazia?


É que não é de sete para seis ou oito anos. É de sete para dois anos, e ainda mais umas pequenas benesses acessórias (como sejam continuar a governar a Câmara)!
Como é que isto é possível? Não há responsáveis ou responsabilizáveis por isto?


Se um homem vai para a cadeia durante cinco dos sete anos, por exemplo, e depois vem um segundo tribunal desagravar para um ano, como se compensam os irremediáveis anos perdidos? Ninguém erra grosseiramente num caso destes?


Ou será que tudo isto é encenação?


sábado, 10 de julho de 2010

Tão longe...

Trabalho numa zona de Lisboa na qual é fácil e agradável andar a pé ou de bicicleta. Provavelmente é a melhor para esse efeito.
Tenho muitos colegas que vivem nessa zona, a não mais que 1 ou 2 Kms do local de trabalho.
Pois nem um deixa o carro em casa.
"Sim, vivo tão perto que podia vir a pé, ou de bicicleta.... Eh, mas não venho, posso precisar do carro na hora do almoço..." e outros discursos semelhantes
De facto, contra isto...


Somos modernos e temos posses; assim, andar a pé, de bicicleta ou de transportes é para quem não pode deixar de o fazer.
É assim.




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Recebi um reparo e tenho que fazer uma correcção: há um colega nesta situação que vem a pé. Talvez seja porque não tem lugar de estacionamento no local de trabalho, mas vá lá, fica com o benefício da dúvida.




sexta-feira, 9 de julho de 2010

A crise?




Será da crise?
Será gestão apertada de consumo?
Serão preocupações ambientais?
Hummmm...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Publicidade na RTP2

O que é que a divulgação de concertos do Caetano Veloso no Coliseu ou da Feira Internacional de Artesanato de Lisboa, 2 eventos comerciais e até de sucesso garantido, têm de "institucional"?
A mim parecem-me pura publicidade comercial encapotada, disfarçada de cultural.
Pensava que na RTP2 estaria a salvo da publicidade, mas isso é cada vez menos verdade, apesar de continuarmos mensalmente a pagar a RTP na factura da electricidade.

Deixamos que tudo aconteça, depois admiramo-nos.