segunda-feira, 31 de maio de 2010

Manifestação contra quem?

O protesto foi contra quem?







Preocupámo-nos quando ano após ano a exigência no ensino público foi descendo, satisfeitos por os nossos filhos passarem sem esforço, sacrificando sem apelo a nossa possibilidade de recuperar no seio da UE?

Fomos para a rua quando processos e processos judiciais são montanhas que, em muitos casos, nem um rato chegam a parir? Quando levam 5 ou mais anos, com culpados e inocentes no mesmo saco de enxovalho?

Indignamos-nos por só acontecer alguma coisa quando fogem umas escutas? E quando, apesar delas, nada acontece? E com a naturalidade com que se discute o seu conteúdo, achando-se natural que elas existam?

Achamos estranho que o país só se mobilize para o futebol e os fins de semana prolongados?
Que as pessoas se achem com direito a ter tudo e já agora? Que se individem por bens de consumo sem pensar nos riscos futuros?

Escandaliza-nos que nas escolas impere a bandalheira, com a inversão dos excessos de outros tempos? Em que professores têm medo de alunos e pais?

Manifestamos estranheza por sindicatos dizerem não redondo a avaliações de professores, médicos boicotem genéricos e processos contra colegas, juízes se oponham a férias de apenas mês?


Manifestação apenas quando chega a hora de pagar a conta?

Manifestação contra nós próprios?

É estranho.

domingo, 30 de maio de 2010

Manutenção de parques infantis pela EMAC

Algo que está a funcionar muito bem em Cascais.
Ver artigo aqui.



Já agora, este é o Parque Urbano das Penhas da Marmeleira, no fim da A5. A visitar.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Parques para motas




Boa ideia a da Câmara de Lisboa.
Não que o transporte motorizado seja o melhor, claro, mas sempre é melhor que incentivar a entrada de carros na cidade.
Em especial com a facilidade que agora há em conduzir uma mota até 125cc: basta ter carta de automóvel - algo com que discordo, pois saber o código da estrada e saber conduzir um carro é bastante diferente de saber manter o equilíbrio em duas rodas e ter capacidade de fazer face a todos os riscos acrescidos que a condução de uma mota acarreta. Mas pelo menos uma 125 é um veículo económico, menos poluidor e menos congestionador que um carro.

Faltou à CML colocar uns ganchos no chão aos quais se pudessem amarrar as motas, para dificultar roubos. Talvez nos próximos parques.

Lfs diz>

"Em vários locais de Lisboa apareceram os estacionamentos de motos, em alguns sítios "roubando" o lugar a um carro mas é preferível que estarem em cima do passeio.

Algum dos vereadores da CML deve ser grande apreciador de motos e assim tratou de fazer ou pedir para criarem os estacionamentos."

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Uma boa notícia

Fico satisfeito com a promulgação da lei do casamento gay.
Se eu fosse gay ou um filho meu vier a sê-lo, gostaria de ter essa opção, pelo que acho justo dá-la aos outros.

E fico satisfeito nem tanto pela possibilidade do casamento em si, mas pelo caminho que isso levar a trilhar no sentido de acabar com a discriminação e ridicularização que hoje existe em torno dos homossexuais, verdadeiramente estúpida e anacrónica no sec. XXI.





E o caminho faz-se andando, como tantos outros antes deste: fim do apartheid, uma pessoa, um voto, direitos das mulheres, abolição da escravatura.

domingo, 23 de maio de 2010

Mobilidade em Cascais

Do lado direito, não há passeio.
Do lado esquerdo será um passeio ou um facilitador de acidentes?
Estreito, desnivelado, num local onde os veículos assumem trajectórias imprevisíveis, depois de um entroncamento sobrecarregado e com piso ondulado.

E quem pretender atravessar da esquerda para a direita? Tem que andar muito para encontrar um local seguro, ou então esperar e arriscar.





Esta é a prioridade dadas ao peões em Cascais.
Mais "dias da mobilidade" e seu folclore, sff.


Vou apresentar o caso à CMC e disso darei notícias aqui.
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Reclamação colocada em 30MAI2010

sábado, 22 de maio de 2010

Este homem é um Senhor


José Mourinho é de facto fantástico.
Não vejo futebol e acho um enorme exagero a importância que lhe é dada.
Independentemente disso, acho que Mourinho é motivo de orgulho nacional. E especialmentr porque em grande medida o seu sucesso resulta de inteligência e muito trabalho e não apenas de um "dom" divino.
E agrada-me o seu estilo directo e arrogante: nada há de errado em ser-se convencido que se é bom e demonstrá-lo sucessivamente.
Precisamos de mais Mourinhos.
Parabéns.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Antena 1

O Paulo Gonzo, o João Pedro Pais, o Represas, ..., devem ter contratos na Antena 1.
Bolas! Não há paciência.



Apertar o Cinto II

Acerca do estado da economia, vale a pena ler Pacheco Pereira neste sítio.

Publicidade na Antena 1


A Antena 1 utiliza nos tempos mais recentes formas de publicidade ou de promoção que me deixam as maiores dúvidas.
Agora é o Avô Cantigas, até há pouco era a Maria de Medeiros.

Ele é "Disco Antena 1", "Filme Antena 1", "Concerto Antena 1", etc, etc. E quando adoptam um deles, os jingles de promoção são repetidos à exaustão. E o mesmo para as canções de alguns dos discos promovidos. Estou a lembrar-me da banda sonora de um filme português (ou apenas uma canção?), da autoria do Jorge Palma, que passava repetidamente.

Eu pensava que a Antena 1, assim como a RTP2 (e outras do universo RTP) não tinham publicidade. Mesmo admitindo que isto não é publicidade (a mim parece-me claramente que é, apenas com a variante de ser exclusiva, ou quase, durante um período de tempo), fico com as maiores dúvidas acerca da forma como são seleccionados estes "felizes contemplados".

E o mesmo para a RTP2. Há algum tempo, parecia-me que de facto era "publicidade institucional". Agora passa lá tudo, dos acontecimentos mais marginais aos mais comerciais.





domingo, 16 de maio de 2010

A praga do standby


Estão-nos sempre a falar em investimentos em novas barragens hidroeléctricas ou mesmo a colocarem a energia nuclear na agenda mediatica.

Se for para substituir centrais de energia fóssil, ou para armazenar energia eólica nas horas de vazio por meio de grupos reversíveis, ainda percebo. Se bem que, entendamo-nos: construir uma barragem é matar um rio e deveríamos olhar para cada projecto destes com a maior reserva e cautela.

Porém não percebo de todo se uma nova barragem for para aumentar a capacidade total de produção. Afinal a população está estável ou decresce, e o nosso produto pouco cresce. Isto aliado à eficiência crescente da tecnologia, devia manter o consumo estável ou baixá-lo.

A aposta devia portanto ser na eficiência energética e não na expansão do consumo.

Vejamos a praga dos aparelhos standby:

Admitamos 10 aparelhos de 8W cada, em média, por habitação. 80W, portanto.
Considerando 2,5 milhões de habitações, precisaremos de 200MW para os alimentar.

Como se pode ver em http://www.a-nossa-energia.edp.pt/centros_produtores/empreendimento_type.php?e_type=nb , 200MW é o que uma barragem nos traz.
E que equivale a uns 40 aerogeradores dos mais potentes.

Palavras para quê?

Muitos aparelhos têm botão para serem efectivamente desligados.
Quando isso não se verifica, pode-se sempre instalar um imterruptor de 1€ como a imagm ilustra:





Urbanismo para viver

Como já referi antes, gostaria de viver num sítio onde se pudesse circular a pé longe dos automóveis, do seu fumo e do seu ruído.

Não seria difícil construir uma tal rede de caminhos, até porque muitos troços existem. Trata-se de criar mais alguns, interligá-los e dar-lhes continuidade, mesmo admitindo pequenas partes em comum com o trânsito e atravessamentos de ruas e estradas.

Aqui está um agradável exemplo






e outro, este recentíssimo.
Este caminho tem ainda a particularidade de ter pequenos talhões destinados à agricultura urbana, tendência ainda muito envergonhada.







Um outro exemplo, igualmente útil, mas extramamente desagradável: sem vegetação, conspurcado de grafittis e excrementos de cão, degradado.









sábado, 15 de maio de 2010

Mobilidade

Carcavelos

Teve obras há uns 2 anos e ficou bem, com um passeio largo e seguro numa rua com muito trânsito.
Está sempre neste estado, mercê dos muitos restaurantes. Nunca vi nenhum carro multado.






Esta estrada teve obras profundas que terminaram talvez há meio ano.
Ficou com este passeio, que não deve ter 30cm de largura.






Vale mais não ter passeio que ter isto. Se não tiver, o peão é obrigado a atravessar e circula num passeio seguro.
Existindo esta amostra de passeio, é levado a continuar, correndo perigo óbvio numa estrada de trânsito intenso.
No caso de um acidente, será que o responsável do projecto não é responsabilizado? Como é possível construir-se desta maneira?

Ainda em Carcacelos, exempo de como se podem criar obstáculos sérios até num passeio largo:




Urbanismo com Natureza





Há sítios assim no meio do caos urbanístico que é a cintura de Lisboa. Neste caso, trata-se da Ribeira das Marianas, em Carcavelos. Este exacto local nem é dos mais desordenados, mas basta andar 200m e o caso muda de figura.

É preciso voltar a olhar como um recurso precioso cursos de água como este, já não como recurso de rega para a agricultura, mas como fonte de sanidade mental.
Durante anos, estas ribeiras foram transformadas em esgotos, escondidas nas traseiras dos prédios ou, pior, canalizadas. As pessoas não se davam conta da riqueza paisagística que é ter um pequeno jardim ou percurso pedonal junto de um curso de água e afastado dos automóveis. E ainda poucos valorizam isto.
Neste caso e neste troço, a margem está assim agradavelmente aproveitada:




Era bom que fosse sempre assim.

Aqui bem perto, um outro pequeno e recente jardim, neste caso sem nenhum curso de água:





Que maravilha, não é?
Imaginem-se os piqueniques que se podem fazer nesta relva, à sombra destes pinheiros! Isto se o terreno não estiver minado de excrementis da praga dos cães, claro.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Mais sensibilização?

Em Portugal precisamos de mais sensibilização ou de mais fiscalização?
Infelizmente aposto mais na segunda.
Campanha da J F Carnide:







Criativa, talvez cara, nas eficaz?
Duvido...

Dm diz>

"Tens razão, mas esta campanha custa uns tostões - é 1 kit amovivel e a ver pela quantidade de vezes que já vi esta foto "postada", está a ter uma dispersão e uma divulgação super eficiente!"



quinta-feira, 13 de maio de 2010

Apertar o cinto

Ora aqui estão elas, as medidas. Como povo, temos o que merecemos. Preferimos ser cigarras, não formigas. Se é assumido, que assim seja.

Sairemos da crise como nela entrámos. Na próxima, será o mesmo.
Não sairemos pela via das medidas estruturais, nem podia ser, que essas não são de efeito imediato, exigem preparação, tempo, comprometimento, responsabilidade. Saímos pelas medidas de emergência: é preciso libertar dinheiro para pagar excessos, aperta-se um pouco o cinto, até se poder alargar de novo.
Não sabemos fazer e cumprir planos a 10, 15, 20 anos. Não temos a persistência e paciência para tal, com excepção dos planos de construção, que naturalmente exigem planos longos. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Mas depressa demais, ao ritmo dos ciclos eleitorais, ou ainda mais depressa. Claro que assim é difícil conseguir resultados estruturais.


E para demonstrar de forma exemplar a dureza destas medidas, o primeiro dia após o seu anúncio é de tolerância de ponto à função pública. Que injustiça: então e amanhã não se faz ponte, para esquecer as amarguras?













Lfs diz>

"Acho coincidência a mais o Benfica ter ganho o campeonato, ter vindo cá o papa com toda a euforia à volta do assunto e o aparecimento destas novas medidas do PEC que vão ainda mais ao bolso do zé povinho. Sou só eu a achar a coincidência?"

Dm diz>

"Mais uma vez a solução é manter tudo na mesma e aumentar "as receitas". Para quando diminuir as despesas? Por exemplo, como dizia Eduardo Catroga à SIC, olhar para um universo de institutos e empresas municipais, governamentais, etc, que duplicam as tarefas (independentemente de algumas funcionarem bem, fazerem bom trabalho e de forma eficiente: nesses casos, é de olhar para os departamentos que ficaram com "pouco" que fazer)."

Lfs diz>

"Vou lançar um desafio nada complicado para todos os afectados com as novas alterações do PEC. Se uma boa parte vai pagar mais 1% ou 1,5% do seu salário e também levar com o aumento do IVA, porque não tentarem também poupar uma percentagem equivalente ou maior do seu salário? Por exemplo evitando comprar coisas desnecessárias, como algumas revistas e jornais, menos guloseimas, dar uns passeios a pé em alternativa ou carro, etc. Não creio que seja assim tão complicado e há muitas coisas onde poupar no dia a dia.

A falta de eficiência em todo o lado, desde a nossa casa até à função pública também é culpada do despesismo e excesso de défice. Pensem nisso."

Sim. Mas pergunta o português: que incentivo para poupar? Os certificados de aforro, que financiam a dívida do Estado, são remunerados como se sabe. De fugir.
Ao mesmo tempo o Estado está a pagar taxas altas e crescentes ao financiar-se no mercado.
Não é estranho?


quarta-feira, 12 de maio de 2010

Medidas de Choque

O Governo prepara o terreno para aplicar medidas duras de combate ao deficit. Prepara-o como é hábito fazendo correr uns boatos, que prepararão o povo, e que depois serão formalmente anunciadas.


Pensei inicialmente que as medidas de captação de receita directamente dos vencimentos seriam aplicados sobre os trabalhadores do Estado, os funcionários públicos, pois o Estado é que tem a dívida (pelo menos a pública).










Mas, sendo certo que existem trabalhadores públicos a mais e que a sua produtividade deixa muito a desejar, o Estado não serve apenas os funcionários públicos e a dívida não lhes pode ser assacada só a eles. O desperdício, má gestão, ou seja o que for que gerou este descalabro, não terá aproveitado apenas os funcionários públicos, mas todos os portugueses (uns mais que outros, claro, mas isto é como todas as médias: eu comi um bife, o outro não comeu nada, em média comemos metade cada um).

Esta dívida é responsabilidade de todos. Como sempre digo, temos os políticos, os gestores, os juízes, a justiça que merecemos. Nenhuma das pessoas que ocupam estes cargos é importada ou subcontratada a outro país*. Todos eles são portugueses, saem e são parte do povo. Se não temos melhor, é porque não o exigimos e não exigimos o mesmo a nós próprios. Porque não nos associamos, porque corremos a gozar pontes sempre que possível, porque não criticamos os feriados extra dados pelo Governo, porque não fazemos manifestações de indignação pelo estado da justiça, porque aceitamos a cunha, a fuga ao fisco, porque admiramos os "espertos", os que conseguem enganar o Estado, etc, etc.










Assim, embora me custe ter que pagar, até porque não tenho dívidas, aceito que todos "paguem a crise". E como é hábito, o "todos" é relativo. Porque ganham pouco, lá ficarão de fora os profissionais liberais do costume, os empresários que ganham ordenado mínimo, mais valias de bolsa que pagarão 20% (?) contra taxas de até 45% sobre o rendimento do trabalho (e até agora ainda era pior: pode-se pagar 40% de IRS mas 0% sobre mais valias de bolsa).

E, de novo, temos o que merecemos.


* - Aqui está uma boa ideia: colocar a governação em outsourcing. Na Suécia ou na Alemanha, por exemplo.
Apesar de tudo, ainda continuo a pensar que não devíamos comemorar o dia 1DEZ.


Missa papal

Neste mesmo local, esta mesma igreja e a sua santa Inquisicão queimavam pessoas há 300 ou 400 anos.
Talvez a próxima missa seja nas redondezas da Casa Pia ou junto do Parque Eduardo VII. Aliás já foi..

Felizmente, hoje posso dizer isto. Há 50 anos talvez resultasse numa conversinha com a PIDE.

.


O fim do limbo


Soube hoje, com três anos de atraso, que deixou de existir o chamado limbo.
Terá sido em negociação directa com deus?

Isto tudo parece um pouco anacrónico, não?



“Vaticano decreta o fim do limbo para as crianças
por
ABEL COELHO DE MORAIS, 21 Abril 2007
O Papa Bento XVI aprovou ontem as conclusões de uma Comissão Teológica Internacional que põe fim ao conceito de limbo, o lugar onde as crianças mortas não baptizadas permaneciam na eternidade, sem possibilidade de comunhão com Deus.
A decisão papal conclui vários anos de estudo sobre o conceito de limbo, considerado por aquela comissão como baseado numa "concepção excessivamente restrita da salvação", pode ler-se nas suas conclusões.
Em 1984, o então cardeal Ratzinger afirmara pronunciar-se, "a título pessoal", pelo fim da "hipótese" de existência do limbo.
O documento assevera que Deus é misericordioso e deseja "a salvação de todos os seres humanos", existindo "fortes bases teológicas e litúrgicas para esperar que, uma vez mortos, os bebés não baptizados são salvos". Desde a Idade Média, ainda que não sob a forma de dogma, o limbo era apresentado na doutrina como um lugar entre o paraíso e o inferno onde permaneciam as crianças mortas sem baptismo.
As decisões da comissão correspondem, de algum modo, ao consagrado no Catecismo da Igreja Católica em vigor, onde se refere estarem à mercê da misericórdia divina as crianças mortas sem baptismo. A comissão considera que este é um tema a urgir uma resposta urgente, atendendo ao número crescente de não baptizados e à percepção da incompatibilidade entre um Deus misericordioso e a radical exclusão da possibilidade de comunhão com Ele dos mortos sem pecado.
Presidida pelo Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o cardeal americano William John Levada, a comissão afirma ainda não ser justo castigar as crianças pelo facto de seus pais não serem católicos praticantes ou, mais grave ainda, por lhes ter sido roubado o direito à vida pela prática do aborto.
O documento, que não foi ainda divulgado oficialmente, estava ontem parcialmente disponível no site da agência Catholic News Service, nele se traçando o percurso do pensamento da Igreja na matéria desde Santo Agostinho. “


em http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx?content_id=656294





domingo, 9 de maio de 2010

Lixo de Lisboa

Em Lisboa este triste cenário junto dos pontos de reciclagem é uma constante. É o sistema de recolha que não dá vazão e é o pouco civismo dos moradores, mesmo em zonas de classe média, que provavelmente poderiam evitar este espectáculo muitas vezes.






Parece-me que o número de pontos não é suficiente. Em zonas de prédios altos, hz apenas 2 ou 3. Seja por esta razão, ou por baixa frequência de despejo (o que vai dar ao mesmo), a situação da capital é deprimente.
Pelo menos nisso tenho que felicitar Cascais e a EMAC; aqui a situação é a oposta, o número de contentores é elevado, e são despejados e lavados com a frequência suficiente. Nunca se vê aquela miséria.

Lfs diz>

"Infelizmente na minha zona, um uso comum para os pontos de reciclagem é como mictório o que ainda torna a situação ainda mais desagradável.

Como eu costumo dizer, isto são males que vêm do 25 de Abril de 1974. Liberdade mal cpmpreendida, falta de civismo e respeitos pelos outros."

quarta-feira, 5 de maio de 2010

De bicicleta

Exemplos de evolução da utilização combinada de bicicleta e comboio, neste caso em Inglaterra.

http://www.menosumcarro.pt/Default.aspx?tabid=75&itemId=592&parId=47

"Ahhh, pois, mas lá o clima ajuda” (???)







Projecto de parque de bicicletas para estação de comboios em Leeds.

Hortas Urbanas

Observando taludes de vias rápidas ou baldios diversos na cidade de Lisboa e arredores, torna-se óbvio que existe uma grande procura por terrenos para fazer agricultura urbana.








Se a procura está toda satisfeita desta forma ou se apareceria nova procura com oferta de hortas mais organizadas, ou ainda se a procura total resultaria menor se este tipo de actividade fosse regulado, é uma incógnita.

Esta agricultura urbana é hoje maioritariamente realizada de forma "selvagem" pelas classes mais desfavorecidas da população.
Penso que não é descabido pensar que, se a actividade fosse regulada, provavelmente com o fim destas zonas marginais e o aparecimento de alguns formalismos e taxas, parte desta população fugiria desta actividade.

Por outro lado, julgo que existe uma enorme apetência pela prática de agricultura na cidade. Digo isto por várias razões.
Primeiro porque na verdade a maior parte da população da grande Lisboa ainda tem raízes ligadas à terra.
Por outro lado, parte da população que se reforma, ainda em idade activa, tem poucos hábitos de actividade de índole mais intelectual, pelo que, não regressando à sua terra natal, fica demasiado desocupada.
Ainda a favor, o facto de esta ser uma tendência crescente e de sucesso noutros países desenvolvidos, nomeadamente devido ao desejo das pessoas pelo contacto com a terra e a natureza, e a necessidade de alimentos de maior fiabilidade.

Dito tudo isto, gostaria de ver uma muito maior proliferação de oferta de espaços para a realização desta actividade com condições dignas.

Já vi estas hortas em vários pontos da Europa, ocupadas por pessoas de todos os estratos, com óptimas condições, com listas de espera e enorme sucesso. A sua implementação de forma mais massiva em Portugal peca por tardia e tem raízes num certo provincianismo que dita ser a agricultura um coisa para estar na parvónia, feita por saloios ou até afastada para outros países, que nós dedicamo-nos a actividades mais sofisticadas do terciário.
Já deu para ver que ter alguns alimentos à porta pode dar jeito.








Em Oakland, EUA

> Lfs diz:

"Faz umas semanas fui dar uma volta e passei pela zona da Graça em Lisboa. Qual não foi o meu espanto ver uma horta por ali numa encosta: http://maps.google.com/?ie=UTF8&ll=38.718092,-9.131601&spn=0.000512,0.001206&t=h&z=20 

Nesta foto ainda não existe horta nem é visível o trabalho efectuado na criação de taludes mas nesta altura já está ali uma pequena quinta"