segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Na Dinamarca

Every second Copenhagener will ride a bike in 2015


With just over three months left before Copenhagen hosts the UN Climate Change Conference in December, the Danish capital has announced its vision to become the world's best city for cyclists.

Sim, mas lá o clima ajuda, dizemos nós....





domingo, 29 de novembro de 2009

Uma proposta para circulação ciclista

Em Outubro de 2007 reparei numa aviso de consulta pública acerca de um processo de loteamento na Rua Dr.Câmara Pestana, na Parede. Trata-se de uma pequena rua perpendicular à Av. da República, junto da linha férrea.
Aproveitei o ensejo para enviar algumas sugestões ao Departamento de Urbanismo da Câmara Municipal de Cascais. As sugestões excediam de facto muito o âmbito da consulta e portanto não estranhei o tratamento (que foi nenhum, naturalmente) das sugestões que enviei (tive resposta, sim, mas claro que em nada satisfazia as minhas pretensões).
Adapto-as agora e publico-as a seguir.

As minhas propostas partem dessa zona, R. Dr. Câmara Pestana. Argumentava na altura com a enorme e crescente densificação populacional, com o aumento de tempos de viagem que registei ao longo dos anos, com o facto de o comboio ser insuficiente para a população residente (como exemplo, na hora de ponta um passageiro que entre em Carcavelos num comboio que apenas começou em São Pedro, vai quase certamente de pé até Lisboa - parece-me tempo demais em pé para compensar ir de comboio. Nem a apregoada vantagem de aproveitar o tempo para ler nos salva), com a carência de zonas de lazer relativamente próximas das pessoas, com o excesso de trânsito. Qualidade de vida em queda, em suma, que já leva pessoas a procurar outros conselhos da Grande Lisboa para morar.

1 - Assim, propunha uma passagem em rampas ou túnel, na referida R. Dr. Câmara Pestana. Neste local existe uma passagem superior sobre a linha, mas apenas com escadas. Torna-se assim impraticável para ciclistas ou carros de bebé. De notar que no outro lado da linha existe o Pinhal do Junqueiro e, mais além, a Praia de Carcavelos (aliás, este tema da passagem sem escadas já foi assunto de um pedido meu à Câmara, sem resposta como todos os outros). De notar ainda que só é possível passar pela linha de bicicleta (ou com carro de bebé) na estação de Carcavelos ou no centro da Parede. Justificava-se, portanto, esta passagem a meio caminho.
Essa passagem está assinalada a vermelho no mapa abaixo.

2 - A Rua Dr Manuel Arriaga, que daqui segue até à Estação de Carcavelos, é de dois sentidos, embora seja estreira e com péssimas condições para peões. Propunha deixá-la com apenas um sentido de trânsito (não fazem falta duas), criar uma via ciclável e passeios com segurança. A amarelo no mapa e com isto estamos na Estação e no centro de Carcavelos. Daqui à Praia de Carcavelos era facílimo formalizar pistas cicláveis pela Av. Jorge V, pois a passagem inferior pela Estação já é possível.
O acesso à Estação tem ainda obviamente a vantagem do embarque no comboio, com ou sem bicicleta. Claro que seria útil que a Estação tivesse um parque de bicicletas com segurança.

3 - A Av. Jorge V seria assim dotada de pista até à Praia. A verde no mapa.

4 - Deste ponto facilmente se acede ao centro de Carcavelos, pois são zonas de trânsito moderado e via estreitas. A azul no mapa.

5 - Voltando ao ponto inicial, a passagem sob ou sobre a linha. Do outro lado existe uma rua com dois sentidos, a Rua Dr Camilo Dionísio Álvares, que mais à frente se torna em sentido único. Julgo que aqui seria também possível criar um corredor ciclável, que nos levaria à Estação da Parede. E teríamos assim as duas estações ligadas. A rosa, no mapa.

6 - Na Estação da Parede é também possível atravessar por baixo da linha com bicicleta, pelo que o acesso ao centro da Parede estaria também garantido. Dois centros urbanos ligados de forma saudável e sustentável.
A azul no mapa.

7 - Daqui e mesmo sem corredores próprios, chega-se num instante às praias da Parede e Avencas e ao Parque Morais.
A verde.

8- Voltando ao ponto inicial, a nova passagem sob ou sobre a linha: a azul claro no mapa, o percurso que nos levaria de bicicleta ao Pinhal do Junqueiro, à Praia de Carcavelos e ao Centro Comercial. Pelo menos parte deste percurso são hoje vias de apenas um sentido. Bastaria eliminar um dos passeios para se ter espaço para a via ciclável.

9 - Naturalmente que esta espinha dorsal poderia e deveria ter muito mais ramificações.por exemplo, da Estação de Carvavelos, pelo centro da Parede até à zona do Parque da Alagoa, Rebelva e Bairro de S. João. E muitas outras para norte da linha, onde fosse possível e útil fazerem-se.






10 - Da Estação de Carcavelos poder-se-ia também estudar a forma de chegar à Estação de Oeiras e todas as zonas limítrofes.

11 - Da Estação de Oeiras dever-se-ia aproveitar a ponte do comboio para suportar uma passagem de peões e para bicicletas. Deste modo evitar-se-ia o vale da Ribeira que aí corre e estender-se-ia a facilidade de circulação para o centro de Oeiras
(Esta passagem teria ainda a vantagem de facilitar a circulação entre as estações de Oeiras e Santo Amaro, evintando que as pessoas que assim o desejassem ficassem limitadas aos comboios que param em Santo Amaro. Aliás já uma vez fiz esta sugestão à Câmara Municipal de Oeiras - com o mesmo resultado que os pedidos à CMC. ausência de resposta)


Algumas notas acerca das vias que poderiam ser construídas:

  • São apenas vias, não são necessários adereços tais como bancos para descanso, bebedouros, estacionamentos, e outros acessórios que só servem para encarecer estes projectos e embonecar a fotografia da inauguração.Para andar de bicicleta apenas são necessárias condições de segurança e, claro, a bicicleta. Nada mais.
  • Vale mais ter um apenas bom passeio do que um passeio ridículo de cada lado da estrada. Tenciono mostrar em breve alguns exemplos tristes de passeios que por aqui se vêem, alguns de construção recentíssima. Se as pessoas não tiverem passeio de um lado, deslocam-se para o do outro lado, sem nenhum drama. Nalguns casos deveria eliminar-se um dos passeios para dar espaços às bicicletas.



As possibilidades são imensas, assim houvesse vontade dos políticos e dos munícipes.
Por outro lado, estas são obviamente as opiniões de um leigo; os técnicos certamente encontrariam as soluções óptimas para esta necessidade de melhorar as condições de circulação em bicicleta, retirando carros da estrada.

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Isto é difícil de conseguir?
É, porque a Câmara Municipal de Cascais é completamente autista a esta questão das bicicletas.
E se calhar a maioria dos munícipes é-o igualmente...

Alguém já pensou proque é que noutros países, alguns com clima terrível a nossos olhos, há tanta utilização de bicicletas? Alemanha, Holanda, Suécia....
Serão eles pobres e não têm dinheiro para andar de carro? Estarão eles em constante exercício para preparar a próxima época balnear? Quem nos governa (e nós próprios....), nunca vimos a realidade dessas pessoas? Terão eles mais ou menos qualidade de vida, também por essa via?

A piscina da Av. da República

Actualização:

Depois de anos de piscina, eis que a CMC reuniu homens e máquinas e, num dia, máximo dois, resolveu o problema! E foi bem simples: abrir um buraco, colocar um tubo e fazer passar por baixo a água que até agora passava por cima.
Fantástica CMC, que leva anos (vários!) para resolver um problema deste calibre.

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Sempre que chove um pouco mais, é neste estado que fica esta zona da Av. da República, na Parede, quase a chegar a Carcavelos. Neste estado, não, porque por vezes é bem pior. Às vezes os carros passam com 10 ou 20cm de água.
Isto é assim há anos. A água acumula no terreno do lado esquerdo, que depois o devolve em abundância. É de facto muito estranho que esta situação não seja resolvida pela Câmara Municipal de Cascais, até porque a dezenas de metros corre um escoadouro natural, a Ribeira das Marianas, e recentemente toda a zona foi urbanizada. O que impedirá a CMC de resolver esta situação?

Não sei, mas em ABR2008 queixei-me à Câmara Municipal, via Gabinete do Munícipe. A única resposta que tive até hoje foi o registo da queixa.
Alguns meses apelei para o Provedor do Munícipe, com resultado idêntico.
E é assim, é esta a resposta que a Câmara Municipal de Cascais dá aos seus munícipes e é esta a qualidade de vida que estes obtém.






segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Exemplos de mobilidade 2


Av. da República, na Parede.

Urbanização recente, resultado da desocupação do bairro das Marianas.
Reportei esta situação à CMC em Abril de 2008. Até hoje, não tive sequer resposta.

Em Setembro de 2008 recorri ao Provedor Municipal.
Em Março de 2009 recebi deste a resposta da CMC, de que é necessário um pequeno projecto, incluindo expropriação, e que talvez ocorra em 2010.
Os meus dois pontos acerca desta situação, são:

Como é possível terem-se feito obras profundas naquela zona e ficado o passeio (?) com aquela largura? Que urbanismo é este?
É lamentável passarem-se quase dois anos sem a CMC ter sequer dado uma resposta a um pedido feito via site. Note-se que insisti com a CMC, por email, ainda antes de recorrer ao Provedor. Infelizmente é a minha experiência com esta CMC








domingo, 22 de novembro de 2009

Exemplos de mobilidade 1

Na Parede.








Problema prático

Onde iria eu arranjar escudos para pagar esta coima?



É extraordinária a senha persecutória aos ciclistas. Claramente são um mal tolerado. Do género aqueles malucos ecologistas, que até nem têm muito poder mas conseguem fazer muito barulho e chatear um bocado.
Seja numa estação CP (exterior) ou no pátio do Farol de Sta. Marta, não têm os seguranças palavras mais rápidas que para o criminoso ciclista que não se apresente apeado. Mesmo com uma criança na cadeira à retaguarda.
Assim se percebe que as frágeis medidas de incentivo são medidas inevitáveis para calar esses chatos. É o tal "é preciso que algo mude para que tudo fique na mesma".

terça-feira, 3 de novembro de 2009

A EMAC


Estou muito satisfeito com o desempenho da EMAC.
Não é só o facto da recolha de lixo ser feita com a frequência adequada e dos contentores andarem limpos e serem em número suficiente, ao contrário do que se observa em Lisboa, por exemplo, onde é permanente o acumular de lixo junto dos ecopontos, mesmo em zonas de classe média.
O que me tem agradado especialmente é a pronta e solícita resposta dada pela EMAC aos pedidos que tenho feito, sejam eles relacionados com resíduos, seja com espaços verdes. Mesmo quando o assunto transcende a EMAC, esta não se limita a informar-me desse facto e encerrar o caso - encaminha-o para a entidade competente, informa-me e segue o assunto.

Este desempenho contrasta brutalmente com a CMC no que toca a resposta a pedidos. A maior parte dos casos que enderecei à CMC ficaram sem resposta. Exceptuam-se aqueles em que a resposta é negativa ou em que informam que a responsabilidade é de outra entidade.